Uma das explicações para isso é a distração.
O pesquisador Costas Karageorghis, da universidade de Brunel, de Londres, é um especialista em música e exercício. Segundo uma pesquisa coordenada por ele, ouvir música durante uma atividade física pode aumentar o rendimento em até 15%.
“O estímulo das batidas da música bloqueia algumas das mensagens que a musculatura e alguns órgãos vitais enviam para o cérebro e isso acaba reduzindo a percepção do esforço”, diz ele. “Numa intensidade baixa e moderada de exercício, essa queda pode ser de até 12%.”
Ou seja, enquanto seu corpo tenta avisar que você já está cansado e que ainda falta muito para completar os 10 km de corrida, o cérebro está ocupado prestando atenção (mais ainda se você estiver até cantando junto, o que não é raro) na música do Black Eyed Peas. O mesmo efeito pode acontecer na frente da TV – uma opção que muitos gostam durante a esteira ou a ergométrica, por exemplo. “A combinação de imagem com som é mais eficaz ainda do que a música sozinha”, diz Karageorghis.
Segundo ele, há apenas um momento do exercício em que as batidas de qualquer artista que seja podem ser ineficazes: quando sua capacidade aeróbica exceder 75%. “Neste ponto, há uma mudança involuntária de atenção do externo [música] para o interno [não tem como ignorar que as pernas passam a pesar como troncos de árvore]”, explica. Nessa hora, diz, o silêncio vale ouro.
Além do fator distração, seguindo a pesquisa de Karageorghis, as batidas musicais podem impulsionar o humor, tornando o exercício mais divertido – o que significa que você fica mais propenso a praticá-lo por mais tempo. A música também é indicada para motivar, especialmente se as letras trouxerem frases como “push it” [empurre] ou “work it” [trabalhe]. Se ela tiver as batidas sincronizadas com o ritmo do exercício, melhor ainda.
A sugestão de Karageorghis é colocar no iPod faixas que são de um a dois batimentos por minuto acima da sua passada. Isso significa que, para caminhada, a velocidade ideal é entre 115-125 bpm e na corrida entre 130-140 bpm. Já num treino de força, como a musculação, o ideal é escolher músicas que fiquem entre 120/135 bpm. Além, é claro, de algumas mais calmas para o alongamento e o relaxamento pós-exercício. “É uma nova área de pesquisa ainda, mas a música pode ter um efeito também na recuperação. Quanto mais lento e calmo o ritmo nessa hora, melhor. O ideal é procurar bpm igual ou abaixo da sua frequência cardíaca de repouso”, diz Karageorghis.
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sexta-feira, 27 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
"Neurose da Balança" gera ansiedade e pode atrapalhar a dieta
A briga com a balança pode parecer uma relação de amor e ódio envolvendo todos os sintomas: ansiedade, dependência e fuga depois de um fim de semana gordo.
Não é uma doença, mas essa "neura" pode atrapalhar qualquer plano de dieta. Depois de ouvir "ameaças" de pacientes --"só vou na consulta se você não me pesar"--, a nutricionista Adriana Kachani resolveu estudar o tema. Ela acaba de defender uma tese no Instituto de Psiquiatria da USP sobre as motivações e os riscos de se pesar demais ou de menos.
A pesquisa foi feita com 125 pessoas com e sem transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. Os resultados mostram que as mais insatisfeitas com seus corpos se pesam mais e que a maioria sobe na balança querendo mais coisas além de saber o peso.
"Muitos se pesam para saber o quanto podem comer amanhã ou o quanto precisam fazer de exercício. Outros, para ter uma garantia de que estão bem", explica.
A analista de sistemas Daniela Campos, 31, sobe na balança todo o dia para se lembrar de que não está magra. "Se não me peso todo o dia, posso sair comendo o que vejo pela frente." Está de dieta há um ano, já perdeu 16 quilos e quer perder mais nove.
"O problema é que engordo muito rápido", diz, botando a culpa na pizza: "Três pedaços já dão diferença. Se não me pesar sempre, não consigo me controlar".
Semanas atrás, quando estava prestes a deixar a casa dos 80 quilos, Daniela chegou a se pesar mais de uma vez por dia. "Acordei à noite para checar. Estava muito ansiosa, 80 quilos era um marco. Agora, com 79, estou mais calma." Mas nem assim pensa em se livrar da balança: "Talvez no futuro eu consiga".
Pesar-se demais não quer dizer necessariamente que a pessoa tenha transtorno alimentar, mas, segundo Táki Cordás, psiquiatra e co-orientador da tese, é um alerta. "É preciso observar outros sinais, por exemplo, se ela tem preocupação exagerada com o físico, se ela pauta a vida pela pesagem e se fica angustiada quando não se pesa."
Há outras rotinas de "checagem do corpo", entre elas olhar no espelho, experimentar roupas ou apertar dobrinhas. "Pode não ser doença, mas essa preocupação exagerada causa uma restrição da liberdade", afirma Cordás.
Quando os números da balança não agradam, a frustação pode ser grande. "Depois de decepções a pessoa pode parar de se pesar. Isso só atrapalha. A pesagem é fundamental para quem quer perder peso", diz Kachani.
'DIA DE PESAGEM'
"Não podemos nos esquecer de que 70% do nosso peso é água. Se você tomou mais líquido, fez menos xixi, pode dar diferença", explica o endocrinologista João Eduardo Nunes Salles, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Regional São Paulo).
Durante o dia, só com comida e bebida dá para ganhar mais de um quilo. Depois de metabolizados, alimentos mais salgados ou condimentados (como comida japonesa) ajudam a reter líquidos e influenciam no peso.
Outros fatores, como mal funcionamento do intestino, hormônios femininos e atividade física também interferem. Dependendo da pessoa, um jantar pode render até dois quilos a mais nos próximos três dias. Esse ganho de peso, porém, não é real.
Mesmo a gordura sendo metabolizada rapidamente, só dá para saber se a pessoa engordou depois de uns quatro dias, de acordo com os médicos. Por essas e outras eles não recomendam a pesagem diária, muito menos mais de uma vez por dia, antes ou depois de exercícios.
Para o endocrinologista Bruno Geloneze, a prática é inútil. "O ganho de peso é muitas vezes associado à ansiedade. Reforçar rituais que geram mais ansiedade, como se pesar muitas vezes, é conspirar contra si mesmo."
Como a perda de peso saudável deve ser gradual (500 g por semana), o ideal é subir na balança semanalmente ou até quinzenalmente.
FÓRMULA DA GORDURA
Não é tão fácil ganhar um quilo de gordura, segundo Paulo Roberto Correia, fisiologista do exercício da Unifesp. "O corpo precisa de mais ou menos 9.000 calorias em excesso para ganhar um quilo. Em um dia, se gastamos 2.000 calorias, seria preciso ingerir 11 mil, o que é quase impossível", calcula.
Mas não é tão difícil ganhar um quilo em uma semana: basta comer 1.200 calorias extras por dia, o equivalente a duas barras de chocolate.
Em casa, a melhor saída é olhar para o espelho e ver se aquela calça que não entrava está servindo. "Peso não serve para nada, medida é mais importante. Se você entrou numa calça que não estava entrando, é porque perdeu gordura", diz Salles.
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quarta-feira, 25 de abril de 2012
Óleo de coco emagrece?
Óleo de coco virgem pode reduzir circunferência abdominal
O óleo de coco é uma das substâncias mais comentadas do momento. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, adicionaram o óleo de coco virgem a bolinhos, consumidos por voluntários.O estudo mostrou que aqueles que ingeriram os bolinhos emagreceram além do esperado. Na região do abdômen, a perda de centímetros foi sete vezes maior, quando comparada ao grupo que não incluiu o óleo de coco na rotina alimentar.
A nutricionista Adriana Castro, da clínica Club Corpus, explica que “a gordura de coco é capaz de gerar calor e queimar calorias, favorecendo a perda de peso”. O médico Guilherme Giorelli, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) lembra que “o óleo também é indicado para diminuir os triglicérides e o mau colesterol (LDL), aumentar o bom colesterol (HDL) e por sua característica anti-inflamatória”.
A nutricionista Adriana Castro, da clínica Club Corpus, explica que “a gordura de coco é capaz de gerar calor e queimar calorias, favorecendo a perda de peso”. O médico Guilherme Giorelli, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) lembra que “o óleo também é indicado para diminuir os triglicérides e o mau colesterol (LDL), aumentar o bom colesterol (HDL) e por sua característica anti-inflamatória”.
A seguir, confira as dicas dos dois especialistas para consumir o óleo de coco:
- Quantidade ideal
Para quem deseja emagrecer, a nutricionista Adriana Castro aconselha a ingestão de até quatro colheres de sopa por dia. “Essa quantidade diminui o apetite e favorece a perda de peso, já que eleva o gasto energético do organismo. Quem segue dietas com restrição de gorduras deve começar com uma dose de meia colher de sopa ao dia e aumentar o consumo gradualmente”, pondera. Ela reforça que o óleo de coco não é um medicamento e, sim, um alimento complementar. Sendo assim, é preciso consumi-lo todos os dias para perceber os benefícios.
Gorduras do bem: entenda a importância e faça as pazes com elas
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- Combinação com outros alimentos
Segundo Adriana, “o óleo de coco virgem tem sabor agradável e pode ser consumido puro. Ele também não altera o sabor de outros alimentos, o que permite usá-lo em substituição ao óleo de soja ou canola, e ainda misturá-lo em sucos e vitaminas, como tempero para saladas ou na receita de bolos e doces”. O nutrólogo Guilherme Giorelli completa: “Nas refeições ricas em carboidrato, o óleo de coco virgem pode diminuir o índice glicêmico da refeição, deixando o prato mais saudável”.
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- Óleo de coco X óleo de coco virgem
É importante ressaltar que os benefícios estão no óleo de coco virgem. “O óleo de coco é dividido em duas categorias: refinado e virgem. A versão refinada é obtida a partir do coco seco (sem umidade), chamado de copra, e não mantém suas propriedades benéficas. O óleo de coco virgem é obtido, por processos físicos, a partir de cocos frescos (de casca marrom) e úmidos. O alimento passa pelas etapas de prensagem e filtração, preservando seus fitoquímicos naturais”, diz Adriana Castro. A nutricionista informa que o óleo virgem pode ser preparado em casa.
- Cápsulas de óleo de coco virgem
Guilherme diz que “as cápsulas de coco ainda necessitam de estudos clínicos para comprovar sua ação benéfica”.
- Demais indicações
De acordo com Adriana, o óleo de coco virgem é capaz de prevenir certas doenças. “De todas as gorduras vegetais, a de coco apresenta a maior concentração de ácido láurico - mesmo ácido graxo presente no leite materno. O óleo de coco virgem melhora a absorção dos nutrientes, elevando todas as defesas do organismo. Ele também age na prevenção e no combate de fungos, como a cândida, e parasitas, como a giárdia”, complementa. A nutricionista diz que o óleo também regula a função intestinal, combate a fadiga crônica e a fibromialgia e ajuda no controle da diabetes, já que não estimula a liberação de insulina.
Diabetes: 90% dos casos poderiam ser evitados
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Leia mais sobre nutrição: http://www.camilabenassi.blogspot.com.br/
terça-feira, 24 de abril de 2012
Qual é o gasto calorico de sua atividade?
O gasto calórico dos exercícios é calculado pela unidade de medida MET, que significa Equivalente Metabólico da Tarefa. Para saber o quando você gastou no seu exercício, precisa multiplicar o MET da tarefa por seu peso (kg) e pelo tempo de exercício (em horas).
A atividade com menor MET é dormir, o gasto calórico é de 0,9 METs, portanto uma pessoa de 70 kg que dormiu por uma hora gastou apenas 63 calorias. É importante lembrar que em geral quanto maior o gasto de calorias, maior é a dificuldade de manter o esforço por muito tempo, pois é um esforço mais vigoroso. É importante avaliar a atividade e por quanto tempo você costuma fazê-la para saber o gasto calórico total.
Veja o MET de alguns tipos de exercício e esportes.
Corrida
O MET de correr a uma velocidade de 12 km/h é 12,5. Então uma pessoa de 70kg gasta 875 calorias por hora de corrida moderada, a 12 km/h.
MET de correr a uma velocidade de 17,5 km/h é 18,0. Então uma pessoa de 70kg gasta 1260 calorias por hora correndo numa velocidade alta de 17,5 km/h.
O MET de fazer uma corrida vigorosa na esteira (200 watt) é 12,0. Então uma pessoa de 70kg gasta 840 calorias por hora fazendo esteira a 200 watt.
BoxeO MET de lutar boxe (numa luta de verdade) é 12,0. Então uma pessoa de 70kg gasta 840 calorias por hora em uma luta de boxe.
Corrida
O MET de correr a uma velocidade de 12 km/h é 12,5. Então uma pessoa de 70kg gasta 875 calorias por hora de corrida moderada, a 12 km/h.
MET de correr a uma velocidade de 17,5 km/h é 18,0. Então uma pessoa de 70kg gasta 1260 calorias por hora correndo numa velocidade alta de 17,5 km/h.
O MET de fazer uma corrida vigorosa na esteira (200 watt) é 12,0. Então uma pessoa de 70kg gasta 840 calorias por hora fazendo esteira a 200 watt.
BoxeO MET de lutar boxe (numa luta de verdade) é 12,0. Então uma pessoa de 70kg gasta 840 calorias por hora em uma luta de boxe.
Pular CordaO MET de pular corda rápido é 12,0. Então uma pessoa de 70kg gasta 840 calorias por hora pulando corda.
O MET de pular corda numa velocidade moderada é 10,0. Então uma pessoa de 70kg gasta 700 calorias por hora fazendo pulando corda.
O MET de pular corda numa velocidade moderada é 10,0. Então uma pessoa de 70kg gasta 700 calorias por hora fazendo pulando corda.
"Transport"O MET de usar o aparelho elíptico (transport) é 9,0. Então uma pessoa de 70kg gasta 630 calorias por hora fazendo transport.
BicicletaO MET de andar de bicicleta realizando um esforço vigoroso (velocidade ou dificuldades geográficas) é 10,0. Então uma pessoa de 70kg gasta 700 calorias por hora andando de bicicleta realizando um esforço vigoroso.
Tabela de gasto calorico(kcal): http://cyberdiet.terra.com.br/gasto-calorico-dos-exercicios-3-1-2-326.html
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O corpo fala: entenda o que ele está querendo dizer.
No meio da tarde surge aquela vontade de comer um brigadeiro, ou de repente você imagina um pedaço suculento de carne vermelha, coberta com molho e queijo. Pensamento de gordinho? Talvez não. A falta de determinados nutrientes no organismo pode ser sinalizada pela vontade de comer determinados alimentos, para se obter o equilíbrio nutricional, explicou a professora do curso de Nutrição do Centro Universitário Senac, Tatiane de Oliveira.
"Sempre que fazemos algum tipo de dieta restritiva, ou ficamos muito tempo sem comer, acabamos exagerando quando presentes em um local com grande disponibilidade de alimentos, como uma pizzaria ou churrascaria", exemplificou a professora. A nutricionista Roberta Silva esclareceu que estes sinais acontecem quando a pessoa não tem uma alimentação balanceada e deixa faltar alguns grupos alimentares.
Longos períodos sem se alimentar, excesso de atividade física, dieta pobre em vitaminas e minerais, hipoglicemia e outros fatores podem causar a deficiência em nutrientes. Uma observação das nutricionistas é a vontade de comer chocolate durante a TPM. "As mulheres sofrem alterações hormonais, como a queda da serotonina, hormônio relacionado ao bem estar. O chocolate pode elevar os níveis deste hormônio, pois contém triptofano que é o precursor na produção de serotonina em nosso organismo", justificou Tatiane.
Para evitar abusar no doce, devorar um sanduíche hipercalórico ou exagerar em um rodízio de pizza, basta estar com o organismo balanceado, de acordo com Roberta. "É preciso consumir alimentos de todos os grupos, Com o tempo, a pessoa para de sentir vontade de comer doces e comidas gordurosas, ela se acostuma a uma alimentação saudável", disse Roberta. Legumes, verduras, cereais, carboidratos, vitaminas, minerais e proteínas não podem faltar.
Entenda o porque sentimos vontade de comer alimentos como chocolate, doces em geral, alimentos gordurosos, alimentos citricos.
Chocolate na TPM: De acordo com a nutricionista Roberta Silva, a vontade de comer chocolate pode ter relação com uma queda de serotonina, por conta das alterações hormonais. O chocolate é fonte de triptofano, que estimula a produção da substância do bem estar. "Nessa situação, as pessoas podem optar por um chocolate meio amargo com pelo menos 50% de cacau, pois além de conter o triptofano, possui outros benefícios", sugeriu a professora Tatiane.
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