sexta-feira, 18 de maio de 2012

Desenvolvimento Força Máxima e Potência Muscular de Membros Inferiores





         Força máxima e potência são considerados métodos de treinamento complementares para a preparação de um atleta. No entanto, há evidências de desempenhos semelhantes em resposta a treinamentos de força máxima (TF) e potência (TP). O objetivo deste estudo foi realizar uma comparação entre os dois métodos de treino descritos quanto à eficiência em aumentar a força máxima e a potência no exercício meio agachamento. Vinte e quatro sujeitos fisicamente ativos (peso 76 ± 8,4 kg, estatura 178,2 ± 5,3 cm), com no mínimo seis meses de interrupção no treinamento de força para membros inferiores, foram divididos nos grupos TF e TP. Foram realizados pré e pós-treinamento o teste de força dinâmica máxima (1 RM) e de potência muscular de membros inferiores no exercício meio agachamento com carga de 30% 1 RM. Após oito semanas de treinamento (3x/semana) observou-se que a força máxima aumentou significante (p < 0,001) e similarmente, 23% e 16% para os grupos TF e TP, respectivamente. A potência relativa concêntrica média aumentou quando considerados os dois grupos em conjunto (p < 0,05). Os principais achados foram que TF e TP aumentaram tanto a força máxima quanto a potência de maneira semelhante.
         

        Inicialmente, faz-se necessário destacar a ausência de um grupo controle, o qual não realizaria nenhum tipo de treinamento. Optou-se por não utilizar um grupo controle devido à extensiva familiarização a que os sujeitos foram expostos, produzindo uma variabilidade na produção de potência mecânica menor que 3%. Esse valor foi muito inferior ao aumento percentual médio de potência encontrado no nosso estudo (9,19%), evidenciando um real efeito de treinamento.
       
        Na literatura, há evidências que sustentam a hipótese dos ganhos semelhantes em força máxima a partir do treinamento de potência e de força máxima (HARRIS et al., 2000; KYROLAINEN et al., 2005). Porém, não é comum serem reportados os valores de força relativa, o que impede a realização de inferências sobre o grau de treinabilidade dos sujeitos envolvidos nos estudos. No presente trabalho, o valor médio inicial de força relativa de toda a amostra foi 1,95 ± 0,24. Portanto, mesmo com a ausência de no mínimo seis meses do treinamento de força, os indivíduos apresentaram um nível elevado de força de membros inferiores, sendo provavelmente menos responsivos ao treino. Optouse por uma amostra com este perfil por ser mais próximo da realidade esportiva, tal como evidenciado por MCBRIDE et al. (2002). Apesar da força relativa elevada, no presente estudo verificou-se efeito positivo e significante de ambos os protocolos de treinamento.





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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Monitoramento e Prevenção do Supertreinamento




       O supertreinamento é caracterizado pelo desequilíbrio entre estresse e recuperação. Além disso, os fatores de estresse podem ser encontrados não apenas em situações do treinamento e da competição, mas também naquelas relacionadas a extratreinamento e extracompetição. Por sua vez, os atletas, na tentativa de alcançar altos níveis de desempenho com o treinamento, podem tornar-se excessivamente treinados, exibindo sinais e sintomas do supertreinamento. Esses sintomas podem manifestar-se por queda no desempenho, fadiga crônica, infecções respiratórias e alterações do humor. Embora não exista indicação de que o supertreinamento cause danos irreversíveis ao atleta, o risco de lesão, doenças ou retirada prematura do esporte é aumentado, diminuindo sobremaneira as expectativas e a qualidade de vida dos atletas no esporte. Baseado nesses acometimentos, pretendeu-se estudar parâmetros e instrumentos, através de uma revisão bibliográfica, com possibilidade de monitoramento e prevenção nos âmbitos fisiológico e psicológico. Conclui-se que, para o monitoramento, a melhor estratégia é associar parâmetros psicológicos com avaliações fisiológicas. É preconizada a implantação de programa sistematizado de prevenção aos efeitos nocivos no desempenho, na saúde e, conseqüentemente, no bem-estar do atleta.
     
        Embora haja uma nítida escassez de estudos bem controlados nos quais se relatam critérios para o diagnóstico, a queda do desempenho atlético, juntamente com a fadiga crônica, é evidente indicador da síndrome do supertreinamento e tem sido usado para diagnose da síndrome.

        Entretanto, pouco tem sido feito para quantificar estes fatores e há pouco consenso de quanto do rendimento deva estar deteriorado antes de o supertreinamento ser
diagnosticado. Ss decréscimos do desempenho, principalmente aqueles associados a um fator desconhecido e que são claramente um resultado do supertreinamento, variam de 0,7
a 15% do rendimento. Vários investigadores têm sugerido que a estagnação no rendimento é suficiente para indicar o supertreinamento quando considerados em conjunto com outros sinais e sintomas. Uma vez que o desempenho esteja deteriorado e a fadiga se tornado cronicamente alta, é freqüentemente tarde para evitar a síndrome do supertreinamento.


        Considerando as alterações relacionadas ao supertreinamento, não é errôneo questionar os meios que poderiam identificar tal fenômeno. Entretanto, uma situação parece clara, a prevenção dificilmente ocorrerá utilizando os conceitos de uma única ciência ou marcador, principalmente pelo fato de que as alterações metabólicas e orgânicas estão associadas com diversos sistemas corporais. Diminuição do desempenho prolongado, lesão, doença, retirada prematura do esporte e comprometimento da qualidade de vida do atleta são efeitos nocivos prováveis na ocorrência do supertreinamento e, neste caso, a prevenção torna-se a meta principal.





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quarta-feira, 16 de maio de 2012

EXERCÍCIO FÍSICO DURANTE A GESTAÇÃO






Atualmente as atividades físicas são indicadas para as gestantes que não apresentem anormalidades, mediante avaliação médica especializada. Deve-se seguir uma orientação médica sobre as complicações que poderão surgir durante a gestação e de um profissional de educação física habilitado para a elaboração e prescrição dos exercícios físicos com adaptações. Existem alterações fisiológicas naturais do processo gestacional. Essas alterações incluem o equilíbrio e a coordenação motora da gestante. O exercício físico proporciona melhora desses sintomas,além de benefícios para a mãe e o bebê. A prática de exercício físico deve ser orientada por um profissional de educação física após liberação do médico especialista. Este estudo procurou mostrar a importância da prática de exercícios físicos orientados para a promoção de benefícios à grávida e ao feto.


Hoje em dia, a gravidez é vista como um evento fisiológico, embora tenha havido um processo histórico baseado nos sinais e sintomas da gestação que pudessem indicar alguma doença, considerando a condição fisiológica e normal do período gestacional.Durante a gestação, o corpo da grávida passa por uma série de adaptações envolvendo diversos aparelhos e sistemas, dentre eles, o respiratório, o cardíaco, o ósseo e o muscular. Essas modificações são de nível fisiológico e mecânico. Ao compreender essas alterações, os profissionais de saúde envolvidos podem intervir proporcionando melhoria, bem-estar e qualidade de vida às gestantes.


Historicamente, a indicação para a prática de exercícios físicos para gestantes variava de acordo com os contextos socioculturais vigentes, existindo períodos em que era contraindicada. Foram desenvolvidos programas pré-natais no início do século XX com o objetivo de romper a tensão, o medo e a dor das gestantes.Embora a gravidez não seja uma doença, apresenta diversas mudanças no organismo da mulher. O exercício físico pode trazer riscos e benefícios para a mãe e para o bebê. Deve-se seguir uma orientação médica sobre as complicações que poderão surgir durante a gestação e de um profissional de educação física habilitado para a elaboração e prescrição dos exercícios físicos mais adequados.Durante a gestação, o exercício físico tem o objetivo da manutenção da aptidão física e saúde, diminuição dos sintomas gravídicos e tensão do parto, bem como uma recuperação pós-parto mais rápida. Outros benefícios são: auxílio do retorno venoso, prevenindo o aparecimento de varizes, e melhores condições de irrigação da placenta.O exercício físico praticado de maneira regular, sendo ela moderada, controlada e orientada, produz efeitos benéficos para a gestante e o feto. Dentre os benefícios encontram-se: prevenção e fortalecimento da musculatura pélvica, redução de lombalgia, diminuição das dores nas mãos e nos pés, maior flexibilidade e tolerância à dor, diminuição do estresse cardiovascular e elevação da autoestima da gestante. O condicionamento muscular, adquirido com os exercícios físicos, melhora ainda a postura da grávida, tanto quanto as dores nas costas, diástase do reto abdominal e desenvolvimento de varicosidades, além de controlar o ganho ponderal e a estática pélvica.


Os exercícios físicos são indicados para a prevenção ou melhoria dos sintomas gravídicos e sua prática promove benefícios não só para a mãe como para o bebê. Para a prática de exercícios, as mulheres devem ser liberadas pelo médico especialista e a prescrição tem que ser feita por um profissional de educação física. A intensidade dos exercícios varia de acordo com a rotina da gestante. Porém, com o avanço da gravidez, as novas alterações fisiológicas naturais e o ganho de peso prejudicam a prática do exercício nas mesmas intensidades, exigindo que haja um maior controle por parte da mãe e do professor.



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terça-feira, 15 de maio de 2012

Exercício Físico: Indivíduos Portadores de Diabetes e Hipertensão




  A inatividade física e o baixo nível de condicionamento têm sido considerados fatores de risco para a mortalidade prematura tão importante quanto fumo, dislipidemia, diabetes e hipertensão arterial.
    O exercício exerce efeito oposto ao do sedentarismo, aumentando o gasto calórico melhorando o transporte e captação de insulina, onde tanto os exercícios aeróbicos quanto os resistidos promovem um aumento do metabolismo basal conhecido como metabolismo de repouso, que é responsável por 60% a 70% do gasto energético total, contribuindo para a perda de peso, e diminuição do risco de desenvolver diabetes, hipertensão, e outras doenças.
    Atualmente o exercício físico é aceito como agente preventivo e terapêutico de diversas enfermidades. No tratamento de doenças cardiovasculares e crônicas como o diabetes, a atividade física tem sido apontada como principal medida não farmacológica, assumindo aspecto benéfico e protetor.
    A adoção de um estilo de vida não sedentário, calçado na pratica regular de atividade física, encerra a possibilidade de desenvolvimento da maior parte das doenças crônicas degenerativas, além de servir como elemento promotor de mudanças com relação a fatores de risco para inúmeras outras doenças. Sugere-se inclusive, que a prática regular de atividade física pode ser, na tentativa de controle das doenças crônicas degenerativas, o equivalente ao que a imunização representa na tentativa de controle das doenças infecto-contagiosas.
    Partindo da premissa que a prática de exercícios tanto aeróbios como resistidos são fundamentais para indivíduos considerados saudáveis, esta pesquisa tem como objetivo analisar os efeitos da prática de exercícios físicos na prevenção e reabilitação de doenças crônicas degenerativas, especialmente diabéticos e hipertensos.
 diabetes é caracterizados por ser uma doença crônica o qual desenvolve a elevação dos níveis de glicose no sangue e de forma crescente, esta doença vem se alastrando de forma preocupante.
    No Brasil, está aumentando muito a incidência do diabetes exatamente pela urbanização que leva ao sedentarismo e o acesso a alimentos industrializados, que contém mais índices de gordura e que são alimentos que favorecem o aumento de peso.
    Quando o indivíduo apresenta o quadro de diabetes, seu organismo, não consegue fabricar insulina suficiente, ou não pode usar sua própria insulina muito bem.
Considerado um dos fatores de riscos primários para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, a hipertensão, juntamente com outras enfermidades tornou-se principal causa de morbimortalidade na atualidade.
    Durante muito tempo à hipertensão foi identificada de forma simplista, através de uma pressão sistólica (máxima) acima de 140mmHg e diastólica (máxima) acima de 90mmHg.
    Atualmente o conceito que melhor define hipertensão é o que estabelece uma situação clinica multifatorial e reconhecida como síndrome por relacionar os níveis tencionais elevados a alterações metabólicas, hormonais e por associação fenômenos trágicos como hipertrofia cardíaca e vascular.
    Esta síndrome é um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que constituem importante causa de mortalidade em vários países desenvolvidos, se tornando o principal problema de saúde pública do mundo. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontaram que até 2020, as doenças coronarianas será a primeira causa de morte no mundo.
O exercício físico é aceito como agente preventivo e terapêutico de diversas enfermidades. No tratamento de doenças cardiovasculares e crônicas, a atividade física tem sido apontada como principal medida não farmacológica, assumindo aspecto benéfico e protetor.
    A inatividade física e o baixo nível de condicionamento têm sido considerados fatores de risco para a mortalidade prematura tão importante quanto fumo, dislipidemia, diabetes e hipertensão arterial.
    Análises Epidemiológicas demonstraram que muitos indivíduos morreram simplesmente por serem sedentários, isto fez com que a atividade física fosse vista em diversos países como uma questão de saúde pública.
    O conceito de sedentarismo não é associado necessariamente à falta de uma atividade esportiva, o sedentário é o indivíduo que não atinge gastos calóricos superiores a 1500 Kcal por semana relacionadas a atividades ocupacionais.
     Existe uma associação entre as mudanças nos hábitos de atividade física e o risco de mortalidade, onde indivíduos que adotaram uma atividade física moderadamente vigorosa (intensidade > 4,5 MET's) em comparação com aqueles que nunca participaram deste tipo de atividade, demonstrando um risco de 41% menor de morte por Doença Cardíaca Coronariana (DCC), e o aumento no despendido total de energia superior a 1500 Kcal/semana durante as horas de lazer; promoveu uma redução de 28% no risco de mortalidade por todas as causas.
    A melhora na saúde do indivíduo que pratica exercício físico regularmente é devido a exposição repetida do organismo a uma situação que requer uma reação mais forte do que a correspondente a sua atividade orgânica normal.





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segunda-feira, 14 de maio de 2012

TREINO RESISTIDO x PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL




       Os principais objetivos dos freqüentadores de academia são: a perda de percentual de gordura e o ganho de massa muscular. E com relação à perda de percentual de gordura o treino aeróbio vem sendo largamente utilizado por anos, pelo fato da gordura ser o principal substrato desse tipo de atividade. Mas esse tipo de treino exige um grande tempo disponível do praticante, que por sua vez acaba tornando inviável uma sessão de treinamento composta pelo treino aeróbio junto com o anaeróbio, ou resistido. Impossibilitando o alcance dos objetivos almejados.
       Atualmente há uma linha de pesquisa na qual diz que a perda de gordura esta associada ao gasto calórico total da atividade, e não apenas no substrato principal que ela utiliza, pois atividades físicas de maiores intensidades produzem gastos calóricos elevados, podendo ser mais eficientes na redução da gordura corporal. Sendo assim o treino resistido uma ótima opção, pois, há um aumento da massa muscular e um dispêndio energético alto em um curto período de tempo, podendo vir a ser o treino mais indicado para suprir as necessidades dos freqüentadores de academia, que são a diminuição do percentual de gordura associado ao aumento da massa muscular.
       Mas em estudos realizados, podemos afirmar que só o treinamento resistido não contribui significamente no PGC. É necessário um trabalho como um todo, pois não foi observada uma redução considerável no percentual de gordura corporal, mostrando que o treino resistido, mesmo sendo praticado por grupos diversos e períodos de treino diferentes, mostrou ineficiente na redução da gordura corporal. Com base nos dados obtidos nos artigo podemos afirmar que o treino resistido deveria acompanhar um treino aeróbio para diminuição do PGC em indivíduos fisicamente ativos.
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