quarta-feira, 23 de maio de 2012
Treinamento Resistido: Implicações na Doença Cardiovascular
O treinamento resistido tem sido proposto como possível estratégia para prevenção e reabilitação ardiovascular, e nesse contexto esta revisão descreve os efeitos cardiovasculares mediados por esse tipo de intervenção. O incremento tanto na força muscular quanto na capacidade para realização de tarefas do dia-a-dia são benefícios bem caracterizados ante esse tipo de treinamento. Mais recentemente, estudos que
utilizaram a avaliação hemodinâmica verificaram estabilidade cardiovascular em pacientes com doença coronariana ou insuficiência cardíaca durante a realização de exercício resistido, sem aparentes prejuízos na função ventricular ou aumento exacerbado na pressão arterial ao exercício. Adicionalmente, a pressão arterial em repouso também parece ser influenciada pelo treinamento resistido crônico, apresentando leve redução tanto para a pressão arterial sistólica (PAS) quanto para a pressão arterial diastólica (PAD).
A mensuração dos níveis pressóricos após uma única sessão de exercício resistido demonstra ocorrência da hipotensão pósexercício em indivíduos normais e hipertensos; contudo, há controvérsias quanto à intensidade de esforço necessária para indução desse efeito. Recentemente, estudos de intervenção
têm investigado o exercício resistido sob o prisma vascular, avaliando a complacência arterial, assim como a função endotelial. Apesar dos poucos experimentos disponíveis, evidências têm demonstrado uma potencial influência do treinamento resistido sobre a redução da complacência arterial. Por sua vez, o fluxo sangüíneo periférico apresentase aumentado após o treinamento resistido, ao passo que a função endotelial parece melhorada especialmente após o treinamento combinado. Pesquisas adicionais são necessárias
para análise da eficácia dessa intervenção sobre desfechos validados, e para aprofundamento de mecanismos fisiológicos responsáveis pelas adaptações vasculares.
O exercício resistido tem se inserido progressivamente em programas de prevenção e reabilitação cardiovascular. As perspectivas de possíveis estudos com avaliações de desfechos relevantes validados podem reforçar as informações j á cons i s tentes que a tua lmente permi tem pres c r i ções seguras para prática desse tipo de exercício por diferentes populações. A proposta desta revisão foi atualizar as evidências que concernem às respostas cardiovasculares ao exercício resistido crônico e agudo. As informações encontradas na literatura demonstram estabilidade hemodinâmica durante o exercício, e potenciais efeitos que auxiliam para o controle pressórico. Além disso, esta revisão apresenta importantes
particularidades da adaptação da distensibilidade arterial, da função vascular e do fluxo sangüíneo periférico frente ao treinamento resistido. Po r f im, o corpo de ev idênc i a s di sponí vel sobre a
aplicabilidade e segurança do treinamento resistido em cardiopatas vai ao encontro daquilo que já está estabelecido em relação à indicação do exercício aeróbico.
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