terça-feira, 2 de abril de 2013

Mulheres ganham nova fórmula para frequência cardíaca

A fórmula clássica para calcular a frequência cardíaca (batimentos por minuto) máxima
A fórmula clássica para calcular a frequência cardíaca (batimentos por minuto) máxima e nortear exercícios não serve para mulheres.

É o que concluiu um grupo da Universidade Northwestern, em Chicago, que há 18 anos estuda o coração do público feminino.

Há 40 anos, a frequência cardíaca máxima (FCM) é definida por uma conta simples: 220 menos a idade da pessoa. O resultado condiz com o que foi observado em pesquisas populacionais.

O problema é que a participação de mulheres nessas antigas pesquisas era mínima. Por isso, os dados não são precisos, diz a coordenadora do novo estudo, a cardiologista Martha Gulat.

Em entrevista à Folha, Gulat diz que a fórmula deve se tornar padrão. "Não somos "homens em tamanho menor", e até hoje não havia dados sobre mulheres em relação à frequência cardíaca. Fizemos um grande estudo e as evidências são muito fortes."

Publicado no "Circulation", da Sociedade Americana do Coração, o estudo incluiu 5.500 mulheres. E concluiu que a FCM da mulher é entre oito e dez batimentos/ minuto menor do que a do homem da mesma idade.

"Sabendo sua FCM de forma precisa, a mulher pode atingir os objetivos pretendidos com o treino", diz Gulat.

A cardiologista também diz que o novo padrão permite diagnósticos mais realistas no teste de esforço (eletrocardiograma na esteira).

Segundo Turíbio Leite, professor de medicina do esporte da Unifesp, esse é o primeiro estudo avaliando diferenças de gênero na FCM. "Tem fundamento, mas não sei como será a aplicação."

A maior dificuldade, segundo Gulat, é fazer o cálculo: 206 menos 88% da idade. "Uma calculadora resolve. Estamos preparando um aplicativo para iPhone e internet", conta ela.

CÁLCULO DEIXA TREINO MAIS SEGURO

Leia mais:http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/avaliacao-fisica/7452-mulheres-ganham-nova-formula-para-frequencia-cardiaca

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