quinta-feira, 17 de maio de 2012

Monitoramento e Prevenção do Supertreinamento




       O supertreinamento é caracterizado pelo desequilíbrio entre estresse e recuperação. Além disso, os fatores de estresse podem ser encontrados não apenas em situações do treinamento e da competição, mas também naquelas relacionadas a extratreinamento e extracompetição. Por sua vez, os atletas, na tentativa de alcançar altos níveis de desempenho com o treinamento, podem tornar-se excessivamente treinados, exibindo sinais e sintomas do supertreinamento. Esses sintomas podem manifestar-se por queda no desempenho, fadiga crônica, infecções respiratórias e alterações do humor. Embora não exista indicação de que o supertreinamento cause danos irreversíveis ao atleta, o risco de lesão, doenças ou retirada prematura do esporte é aumentado, diminuindo sobremaneira as expectativas e a qualidade de vida dos atletas no esporte. Baseado nesses acometimentos, pretendeu-se estudar parâmetros e instrumentos, através de uma revisão bibliográfica, com possibilidade de monitoramento e prevenção nos âmbitos fisiológico e psicológico. Conclui-se que, para o monitoramento, a melhor estratégia é associar parâmetros psicológicos com avaliações fisiológicas. É preconizada a implantação de programa sistematizado de prevenção aos efeitos nocivos no desempenho, na saúde e, conseqüentemente, no bem-estar do atleta.
     
        Embora haja uma nítida escassez de estudos bem controlados nos quais se relatam critérios para o diagnóstico, a queda do desempenho atlético, juntamente com a fadiga crônica, é evidente indicador da síndrome do supertreinamento e tem sido usado para diagnose da síndrome.

        Entretanto, pouco tem sido feito para quantificar estes fatores e há pouco consenso de quanto do rendimento deva estar deteriorado antes de o supertreinamento ser
diagnosticado. Ss decréscimos do desempenho, principalmente aqueles associados a um fator desconhecido e que são claramente um resultado do supertreinamento, variam de 0,7
a 15% do rendimento. Vários investigadores têm sugerido que a estagnação no rendimento é suficiente para indicar o supertreinamento quando considerados em conjunto com outros sinais e sintomas. Uma vez que o desempenho esteja deteriorado e a fadiga se tornado cronicamente alta, é freqüentemente tarde para evitar a síndrome do supertreinamento.


        Considerando as alterações relacionadas ao supertreinamento, não é errôneo questionar os meios que poderiam identificar tal fenômeno. Entretanto, uma situação parece clara, a prevenção dificilmente ocorrerá utilizando os conceitos de uma única ciência ou marcador, principalmente pelo fato de que as alterações metabólicas e orgânicas estão associadas com diversos sistemas corporais. Diminuição do desempenho prolongado, lesão, doença, retirada prematura do esporte e comprometimento da qualidade de vida do atleta são efeitos nocivos prováveis na ocorrência do supertreinamento e, neste caso, a prevenção torna-se a meta principal.





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