sexta-feira, 11 de maio de 2012

O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO E POSSÍVEIS INFLUÊNCIAS DA ATIVIDADE FÍSICA


       
       O aumento da expectativa de vida tem revelado o surgimento de déficits e alterações neurológicas degenerativas que evoluem com o avanço da idade. Pois, após atingir a sua maturidade, o sistema nervoso começa a sofrer o impacto do processo de envelhecimento e como conseqüência os idosos passam a apresentar, de forma progressiva, sintomas de deficiências motoras, psicológicas e sensoriais.

       Este processo acentua-se podendo resultar na morte, simultânea, do indivíduo e de seu sistema nervoso. Diante das alterações sofridas pelo sistema nervoso, em virtude do processo de envelhecimento, algumas hipóteses de possíveis causadores de tais mudanças são descritas na literatura. O acúmulo de erros no DNA pode se dar não somente pela ação dos radicais livres, mas também em virtude da transcrição do DNA em RNA não ocorrer com total confiabilidade, gerando assim certos erros que dão lugar a proteínas não funcionais. Apesar dos níveis de erro nesta transcrição parecerem não aumentar com a idade, relata que essas sucessivas mutações, espontâneas ou provocadas ao longo da vida, acabariam por esgotar os genes redundantes a determinados fenótipos, gerando assim a degeneração morfofuncional do sistema nervoso interligada ao envelhecimento.



       O processo de envelhecimento do sistema nervoso parece ocorrer em virtude da uma programação
genética (relógio biológico), entretanto, como citado anteriormente, este relógio pode ser retardado em virtude dos hábitos de vida, e outros fatores. No entanto, este processo não está totalmente esclarecido, fazendose assim necessárias mais pesquisas com o intuito de desvendá-lo. A Atividade física pode ser considerada um fator moderador destas alterações, atuando de forma positiva em diversas delas. Os exercícios de caráter aeróbio parecem ser os que surtem efeitos mais positivos, contudo a combinação destes, com exercícios de força e flexibilidade parece possuir efeitos mais positivos ainda.

       A discussão deste assunto reflete a existência de uma forte correlação, entretanto há autores que a questionam. Contudo, encontram-se, na literatura, pistas substanciais que indivíduos fisicamente ativos possuem uma melhor performance cognitiva, e um envelhecimento cerebral mais saudável do que indivíduos inativos.

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